Junta de Freguesia de Vilar Seco
Junta de Freguesia de Vilar Seco
População
181 habitantes
Actividade económica
Agricultura e pecuária, serração, carpintaria, serralharia civil e comércio.
Festas e romarias
S. Bartolomeu (24 de Agosto) e N. Sr.ª da Visitação (2.ª semana de Julho).
Património cultural e edificado
Igreja Paroquial, Fontes e Capela da Santíssima Trindade.
Gastronomia
Posta mirandesa e borrego assado.
Colectividades
Associação de Caça de Vilar Sêco e Associação Cultural e Recreativa de Vilar Sêco.
Outros locais de interesse turístico
Zona de Lazer, Represa da ribeira de Viral Sêco e Zona de Caça (perdiz, coelho, lebre e javali) e pesca.
Artesanato
Escrinhos (cestos de palha e silvas), fiação e rendas.
Evolução Etimológica: Villa Sicca, Villar Sequo, Villar Seco, para, finalmente, dar origem à forma actual.
Esta freguesia do concelho de Vimioso, pertenceu à Comarca de Mogadouro, ao extinto concelho de Algoso e à comarca de Miranda do Douro.
A designação de “Vilar” terá correspondido a povoação antiga despovoada e repovoada mais tarde.
Em 1258, segundo as Inquirições do rei D. Afonso III, Vilar Sêco pertencia ao Rei, depois ao Arcebispo de Braga, e mais tarde ao Mosteiro de Castro Avelãs.
A povoação teve dois bairros distintos, o de Cima e o de Baixo.
O povo fixou-se primeiramente no de baixo que era deficiente em água, só mais tarde povoou o Bairro de Cima.
O nome de “Seco”, derivou dessa falta de água no Bairro de Baixo. O facto da existência de várias fontes antigas, vem atestar o facto de, noutros tempos, Vilar Sêco, debater-se com a falta de água.
Em 1799, D. Isabel Faria administrava o morgadio de Vilar Seco. Em 1812 administrava-o Lourenço de Macedo e Vasconcelos, morgado de Quintela, casado com D. Maria Rosa de Macedo e Faria, filha de João de Macedo de Algoso e de D. Francisca Xavier de Figueiredo, da Covilhã.
Em 1860, o morgadio pertencia a Carlos de macedo e Vasconcelos, capitão de melícias que o vendeu depois de arruinado e incendiado.
Vilar Sêco era governado em tempos por um juiz “pedâneo” com homens do Acórdão Polo pela Câmara e “juiz de fora” de Miranda a quem estava subordinado.
O pároco teve título de abade e dá-se uma enorme confusão em documentos por quem era apresentado, se pelo Bispo de Miranda, pelo Comendador de Algoso ou pelo Abade de S. Pedro da Silva.
Segundo Carvalho da Costa em “cartografia Portuguesa, 1706, Tomo I, seria pela Abadia de “Mitra”, ou seja, Bispo de Miranda e também pelo Comendador de Algoso.
A confusão cresce porque a Abadia pertenceu à cabeça de São Pedro da Silva, Miranda do Douro e Algoso.
A demarcação do termo de Vilar Sêco e confrontações encontra-se no “Tombo dos Bens da Comenda de Algoso”.
Nos anos de 1846 fabricavam telha no sitio chamado “Pereiro”, ao qual, hoje, lhe chamam de “terras do Forno”.
O uso dos escrinhos no dia a dia fez com que, nos últimos anos, algumas pessoas desta freguesia se empenhassem no seu fabrico, activando assim um “uso e costume” desta população “vivideira”.